Design Sprint: a delícia de encontrar o usuário outra vez
Muitos profissionais de design que migraram para a área de UX durante a pandemia jamais tiveram a oportunidade de estar diante do usuário real. Para mim, que trabalho com pesquisa desde 2014, fazia falta toda a energia de ter gente de verdade diante dos olhos testando os produtos que a equipe de tecnologia e produto criava. Por isso, quando a equipe de Produto sinalizou que queria fazer uma Design Sprint, eu tratei logo de organizar, junto ao meu time, o processo de teste de usabilidade presencial. E foi um sucesso!
Nós recebemos viajantes com diversos perfis para testarem previamente as novidades que foram implementadas na área de hotéis do site e do aplicativo do Hurb. A pesquisa aconteceu no contexto da Design Sprint, uma metodologia de soluções inovadoras que ocorre num curto espaço de tempo.
Durante três dias, reunimos desenvolvedores, designers, gerentes de produto e pesquisadores com o objetivo de melhorar o conteúdo de hotéis, da descrição à qualidade de fotos disponíveis em nossa plataforma. No terceiro dia desse trabalho, criamos um protótipo para materializar a proposta de solução e testamos diversas ações com 6 usuários experientes no processo de reserva de hotéis.
Depois da pandemia, essa foi a primeira vez que realizamos testes de usabilidade na Hurb House com usuários reais avaliando as mudanças que foram criadas pelos times de Design, de Produto e de Tecnologia.
A equipe de Pesquisa do Hurb foi responsável por recrutar os clientes com o perfil adequado para o teste, estruturar o roteiro das entrevistas e organizar, junto com o time de Facilities, a logística da vinda e da permanência dos usuários no Hurb durante esse projeto. Júlia Crespo e Iara Amaral, pesquisadoras responsáveis por idealizar e conduzir os experimentos diretamente com os usuários, enfatizaran que testes de conceito, de produto e pesquisas com clientes fazem parte da rotina de trabalho da área, assim como o cruzamento de dados qualitativos e quantitativos de diversas fontes, mas o que aconteceu na Design Sprint foi diferente.
“Ver de perto a pessoa que está usando o que a gente cria, olhar a maneira como ela segura o celular, como ela pensa sobre as escolhas, sua linguagem corporal. Esse é um material riquíssimo de análise”, ressaltou Iara.
Júlia destacou os ganhos de integração que podemos ter com iniciativas como essas: “depois que os testes terminaram, nós levamos os usuários na sala em que toda a equipe desse projeto estava trabalhando. Um dos desenvolvedores comentou que estava arrepiado por viver aquele momento. Foi realmente emocionante fazer parte disso”, ressalta.
Como líder do time, só posso afirmar que parte do propósito da área de Pesquisa é trazer nossos públicos para perto da gente com o objetivo de construirmos juntos soluções que impactam a vida de milhares de pessoas. Esses encontros geram conteúdos que ajudam a sensibilizar toda a equipe que vai consumir os resultados das pesquisas.
“Nosso trabalho não termina com um relatório de dados, mas com o impacto gerado pelo conhecimento a partir deles. Por isso, nossas entregas não trazem apenas números, mas também histórias de vida que aproximam quem cria de quem consome. Isso é cocriação na prática”.
Pensando nisso, contamos com o apoio da equipe de audiovisual para registrar os principais momentos desse dia e coletar depoimentos dos participantes desse projeto.
O resultado foi um vídeo-case incrível que ilustra muito bem como foi essa experiência.
E você, sente que a pesquisa presencial faz diferença?